Blog do Didi Galvão
A manhã desta sexta-feira (28) foi de sensibilidade, reflexão e potência na Escola do Saber, durante mais uma oficina realizada no I Encontro Municipal Compromisso Antirracista na Educação. A formação reuniu professores da rede municipal para discutir como a escrita pode se tornar um espaço de memória, identidade e resistência dentro das práticas pedagógicas.
Inspirada no conceito de escrevivência, da escritora Conceição Evaristo, a oficina propôs um mergulho nas relações entre ancestralidade africana, literatura e narrativas pessoais. Para a professora Camila de Carvalho, participar da oficina reforçou a importância de levar o letramento racial para a sala de aula. “Achei muito importante tratar do letramento racial, ver que há tantas pessoas negras em diversas áreas do conhecimento que trazem essa consciência pra gente. Muita gente acha chato falar sobre racismo, mas é essencial lembrar de quem veio antes de nós e faz parte da nossa existência. Agora é levar essas práticas para os nossos estudantes”, destacou.
A formadora Ana Márcia dos Santos ressaltou o compromisso da rede municipal em fortalecer uma educação antirracista no cotidiano escolar. “A rede oportuniza e fortalece nosso anseio de contribuir para desconstruir posturas equivocadas e cheias de estereótipos. É gratificante participar da construção de uma sociedade melhor. A avaliação é muito positiva, e a rede está de parabéns por provocar essas discussões não só em novembro, mas todos os dias. É um trabalho contínuo: uma educação com menos rótulos e mais respeito à nossa população negra”, afirmou.
A oficina integra a programação formativa voltada à implementação do Protocolo Municipal de Combate ao Racismo na Educação, reforçando o compromisso da Prefeitura de Petrolina, através da Secretaria de Educação, Cultura e Esporte, com práticas pedagógicas antirracistas, plurais e alinhadas à valorização das ancestralidades afro-brasileiras.
