William Bonner, sobre o Globo Repórter: “Estou realizando um sonho antigo”

O posto de âncora do “Jornal Nacional” já foi o grande foco da carreira de William Bonner. Após 29 anos na bancada do principal jornalístico do país, 26 destes também assinando como editor-chefe, Bonner acha que cumpriu seu dever.

Sua primeira conversa com a cúpula do setor de jornalismo da Globo sobre a vontade de deixar o cargo foi em meados de 2020.

Por questões contratuais e de olho na recepção dos telespectadores com a notícia, tudo foi costurado nos bastidores de forma lenta e sigilosa.

Foi nesse período que também foi definido o destino do jornalista dentro da emissora. Sem intenções de se aposentar, mas com o objetivo de ter mais tempo para a vida pessoal, Bonner estreia no início do ano que vem no “Globo Repórter”, onde vai dividir e apresentação com Sandra Annenberg.

“O ‘Globo Repórter’ difere de telejornais diários por não ter a adrenalina da hard news. É um convite à contemplação, de uma forma bem mais relaxada. Tenho a expectativa de usufruir da agenda menos ocupada do que aquela que a apresentação e a chefia da edição do ‘JN’ exigiram nesses anos todos”, calcula.

No ar desde 1973 e exibido nas noites de sexta, o “Globo Repórter” pode ser considerado um dos principais refúgios dos âncoras e repórteres de destaque da emissora.

Pelo estúdio do programa, famoso pelas reportagens sobre ecologia, destinos exóticos e educação financeira, entre outros temas mais leves, passaram nomes como Sérgio Chapelin, Glória Maria, Celso Freitas e Alexandre Garcia.

“Estou realizando um sonho antigo. De todos os programas da área de jornalismo já existentes quando cheguei à Globo, o ‘Globo Repórter’ é o único em que nunca trabalhei, nem interinamente. Eu e Sandra sempre falamos sobre essa vontade de atuar no programa e agora vamos estar juntos lá”, celebra.

Mesmo de férias após a saída do “Jornal Nacional”, Bonner já tem se comunicado com produtores e redatores do programa de reportagens.

A ideia é se ambientar com o estilo e temas que fazem parte da história da produção, mas também levar o seu olhar e experiência para as edições da próxima temporada.

Já sugeri dois temas e foram bem recebidos. Um deles já está em fase de pré-produção. Não penso em territórios específicos a explorar. Mas tenho um anseio enorme de encontrar pessoas e conversar com elas diretamente”, destaca.

Mesmo depois de tanto tempo à frente do principal telejornal da emissora, Bonner não esconde a ansiedade com o novo emprego. “Ao público que me aguarda agora nas noites de sexta, peço paciência com meu aprendizado, porque sinto como se eu estivesse iniciando uma carreira nova”, exagera.

Paulistano formado pela Universidade de São Paulo, foi na própria instituição que ele teve seu primeiro contato com a comunicação, atuando como locutor da rádio universitária.

A estreia na tevê já foi como apresentador do jornal local “SPTV”, em 1986, onde pouco tempo depois já acumulava o posto de editor.

Ao longo dos anos 1990, Bonner passou por produções como “Fantástico”, “Jornal da Globo” e “Jornal Hoje”, até que, no final da década, em 1999, assumiu o posto de âncora do “Jornal Nacional”.

“Ano que vem vou completar 40 anos de televisão. Meu primeiro trabalho já foi como apresentador, início que vai na contramão do que acontece normalmente, que é ter a experiência como repórter e depois virar âncora. A carreira de jornalista é um eterno aprendizado e é nisso que estou focado agora, reforçando minha relação com as reportagens e em uma nova missão”, analisa.

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