Blog do Didi Galvão
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), teria confidenciado a amigos que não tem interesse em entrar na disputa presidencial em 2026. Segundo interlocutores, ele demonstra forte convicção de que ficará fora da corrida presidencial diante de um cenário de fragmentação da direita. Tarcísio deve disputar a reeleição, deixando a presidência para o futuro.
Com Tarcísio fora da disputa e o ex-presidente Bolsonaro inelegível, a direita perde força para tentar impedir a reeleição do presidente Lula. Para o governador de São Paulo, as movimentações de Eduardo Bolsonaro nos EUA vêm contribuindo com a recuperação da aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que até junho enfrentava desgaste e queda de popularidade.
Já o presidente Lula vai ganhando mais tranquilidade para levar adiante os planos de tornar o Brasil um País de esquerda, antes seu ungido era o ministro da Fazenda Fernando Haddad, agora tudo leva a crer que o presidente Lula vai tentar dar visibilidade ao nome do ministro da Saúde Alexandre Padilha. O que não seria surpresa se o Padilha for o vice de Lula, com chapa puro sangue em 2026.
Basta o presidente Lula ser reeleito no pleito eleitoral de 2026 e assumir o quarto mandato em 2027, sendo seu vice de sua absoluta confiança é só renunciar poucos meses após assumir o cargo. Haddad seria o primeiro da fila, o ministro não tem agradado setores empresariais e a sociedade. O governo tem apostado em novos programas na área da saúde, com isso o ministro Padinha ganha visibilidade.
Seria apenas mais um caso de confiança no vice pensando no futuro político do gestor, muitos políticos em condições favoráveis para a reeleição escolheu o vice pensando no futuro. No caso do presidente Lula o futuro é da esquerda, ele faria a aposta pensando no grupo que ele ajudou a fundar a quase meio século. Assim como Lula apostou em Dilma em 2014, ele pode apostar em Padilha para o futuro.
Se a direita no Brasil continuar priorizando disputas internas, tudo leva a crer que a esquerda sairá fortalecida para o pleito eleitoral de 2026. É tudo que Lula quer, uma direita fragmentada. O esforço do petista seria quase nada pra ganhar mais uma eleição, ainda com o privilegio de escolher o vice de sua inteira confiança. Nesse caso, caminho aberto para o Alexandre Padilha.
