Doença é responsável por 60% a 80% dos casos de demência no mundo
No dia 21 de setembro, é celebrado o Dia Mundial e o Dia Nacional de Conscientização da Doença de Alzheimer. A data chama atenção para os sinais de alerta da demência, condição que atinge mais de 1,2 milhão de brasileiros, segundo o Ministério da Saúde.
De acordo com o neurologista Rodrigo Silveira, do Hospital Icaraí, de Niterói, o Alzheimer é uma doença neurodegenerativa, marcada pelo acúmulo de proteínas específicas no cérebro.
“Esse processo começa anos antes dos primeiros sintomas, que geralmente iniciam após os 65 anos e têm como característica principal a perda de memória”, explica o médico.
O especialista destaca que o Alzheimer é responsável por 60% a 80% dos casos de demência no mundo.
Principais sinais
Os primeiros sintomas costumam ser falhas de memória, como esquecer datas, nomes de pessoas próximas, repetir perguntas várias vezes ou até esquecer o caminho de casa.
Com a progressão da doença, outras funções cognitivas são afetadas: dificuldades para se orientar em locais conhecidos, falar frases longas, nomear objetos e realizar tarefas, como cozinhar ou usar o celular.
Por que as mulheres são mais afetadas?
As mulheres representam 66% das mortes por Alzheimer nas Américas. Segundo o neurologista, a queda do estrogênio na menopausa é um dos fatores que aumentam a vulnerabilidade, já que o hormônio atua como neuroprotetor. Além disso, fatores históricos, como menor escolaridade, isolamento social e sedentarismo, também influenciam.
Diagnóstico precoce faz diferença
O Dr. Rodrigo Silveira reforça que, embora a prevenção seja o melhor caminho, o diagnóstico precoce aumenta as chances de controlar a progressão.
Entre as medidas recomendadas estão:
tratar distúrbios do sono e da depressão;
manter atividade física regular;
estimular o cérebro com leitura, jogos e novas aprendizagens;
corrigir deficiências vitamínicas e hormonais.
Novos tratamentos
Além das terapias já conhecidas, como os inibidores da acetilcolinesterase, o Brasil aprovou recentemente o donanemabe (Kisunla), um anticorpo monoclonal que reduz em até 30% a velocidade de progressão da doença em fases iniciais.
Fatores de risco
Entre os principais fatores que aumentam a probabilidade de desenvolver Alzheimer estão:
baixo nível de escolaridade;
sedentarismo;
tabagismo;
obesidade;
diabetes;
hipertensão;
dislipidemia;
isolamento social;
perda auditiva e visual;
fatores genéticos.