No último dia 25 de julho, a Safernet Brasil e a Secretaria da Criança e Juventude do Governo do Estado de Pernambuco realizaram o Encontro Regional do Youth 20 (Y20), grupo de engajamento jovem do G20 Social, na aldeia Pedra d’Água, no território indígena Xukuru do Ororubá, em Pesqueira (PE).
O encontro do Y20 em Pernambuco contou com a participação de mais de 200 jovens de 42 municípios de todas as regiões do estado e foi protagonizado pelas vozes da juventude indígena.
O evento contou com o apoio do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), da Associação de Defesa da Educação, Saúde e Assistência Social (Asserte), do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc), da Fundação Roberto Marinho, entre outras organizações.
Representantes dos povos Xukuru, Truká e Fulni-ô, etnias que vivem em territórios indígenas em Pernambuco, tiveram grande protagonismo no evento.
“Este é um espaço de resistência e luta e ao assumirmos o protagonismo que a nossa juventude tem, a partir desse espaço sagrado, possamos pensar o nosso futuro global, que é um futuro ancestral”, afirmou o gestor escolar da Escola Indígena Ororubá, Átila Frazão, indígena Xukuru, povo anfitrião do evento.
“A Safernet Brasil quer uma internet com mais respeito, com dignidade, e que a gente possa pensar no uso positivo e consciente. E que a gente precisa pensar a prevenção, pensar a educação das novas gerações, para que, acima do medo, elas possam ter coragem de exercer a sua cidadania. Então, o nosso recado é esse: acima do medo a coragem”, afirmou o assistente de projetos da Safernet, Gustavo Barreto.
As mudanças climáticas e o protagonismo jovem e a participação popular nos processos decisórios esteve no discurso de outros líderes jovens presentes, ao debaterem questões como mudanças climáticas, desenvolvimento sustentável, combate à fome e à violência.
“A gente é protagonista de diversas lutas e precisa ser ouvido e é necessário que o G20 tenha a gente como protagonista de fato, pois não adianta a gente falar sobre as mudanças climáticas se a gente não coloca os povos indígenas no centro do debate”, reforçou a ativista ambiental e educadora Joyce Santana, indígena Fulni-ô.
Para o Chair do Y20, Marcus Barão, “a participação social tem sido fundamental” na presidência brasileira do G20. “A participação e o protagonismo do povo, da juventude, é decisiva para que a gente consiga chegar em resoluções que sejam efetivas e consigam refletir de fato a realidade das pessoas nos territórios em que elas vivem”, disse.