O morador Irenildo do Nascimento, em nome de diversas famílias residentes nas comunidades de Poço Verde, Alto Bonito, Limpo Grande, Poço Grande, Sítio Belchior e Roçado, na zona rural de Chorrochó, Norte da Bahia, denunciou a situação de abandono enfrentada pela população local, especialmente nas áreas de saúde e assistência social.
Segundo Irenildo, já se passaram seis meses da atual gestão e, até o momento, não há sinal de melhorias concretas para o homem e a mulher do campo. A maior preocupação, segundo ele, é com a saúde pública. “O que deveria ser prioridade virou descaso. A atenção básica aos idosos, crianças e gestantes simplesmente não existe. Não temos mais um carro à disposição para urgências e emergências, como havia anteriormente. E o pior: muitas dessas áreas sequer contam com agente comunitário de saúde”, afirma.
De acordo com o relato, todas essas localidades são vinculadas à Unidade Básica de Saúde (UBS) do povoado de Caraíbas. No entanto, quem necessita de atendimento urgente precisa recorrer a um transporte que parte de lá, distante aproximadamente 26 quilômetros, sem garantia de resposta ou previsão de chegada, deixando os moradores à mercê da sorte.
Outro ponto alarmante apontado por Irenildo é a falta de políticas públicas voltadas para a juventude. Ele relata o aumento no uso de álcool e drogas entre os jovens, resultado direto da ausência de ações da assistência social nas comunidades.
“Pedimos à atual gestão que olhe com mais atenção para o povo da zona rural. Não virem as costas para o sertanejo da caatinga. Queremos ter orgulho de dizer, como dizem os aliados do prefeito: ‘O homem é bom, o homem é espetacular’. Mas para isso, é preciso fazer por onde. Todos nós colaboramos democraticamente para sua eleição, e agora pedimos respeito e compromisso”, conclui.