Psicóloga Joana Vanessa analisa fenômenos dos Bebês Reborn e dos “Therians” em entrevista ao Programa Didi Galvão

Em entrevista concedida ao comunicador Didi Galvão, nesta terça-feira (20) durante o ‘Programa Didi Galvão’ na Rádio Grande Rio AM 680 em Petrolina, a psicóloga Dra. Joana Vanessa abordou dois fenômenos contemporâneos que têm gerado debates nas redes sociais e na sociedade em geral: o apego emocional a bebês reborn e a identificação de indivíduos como “Therians”, pessoas que se veem como animais e adotam comportamentos correspondentes.

Os bebês reborn são bonecos hiper-realistas que imitam recém-nascidos com impressionante fidelidade. Para algumas pessoas, especialmente aquelas que enfrentaram perdas gestacionais, infertilidade ou solidão, esses bonecos podem representar uma forma de equilíbrio emocional ou uma conexão simbólica com a maternidade.

A Dra. Joana Vanessa destaca que, embora o apego a esses bonecos não configure necessariamente um distúrbio psicológico, é fundamental observar o contexto. Quando a interação com o bebê reborn substitui relações sociais ou compromissos funcionais, pode ser um sinal de sofrimento psíquico que merece atenção profissional.

Outro comportamento discutido pela psicóloga é o dos “Therians”, indivíduos que se identificam como animais e adotam comportamentos correspondentes. Esse fenômeno pode estar relacionado a questões de identidade, pertencimento ou até mesmo a distúrbios dissociativos.

A Dra. Joana enfatiza a importância de compreender o contexto emocional e psicológico desses indivíduos, evitando julgamentos precipitados. Ela sugere que, em casos onde esse comportamento interfere na vida cotidiana ou causa sofrimento, é essencial buscar acompanhamento psicológico para avaliar as causas subjacentes e oferecer o suporte adequado.

A psicóloga ressaltou que, em ambos os casos, o acompanhamento profissional é crucial para entender as motivações e necessidades emocionais dos indivíduos. Ela alerta para os riscos de romantizar ou patologizar esses comportamentos sem uma análise aprofundada, destacando a necessidade de empatia e compreensão no tratamento de questões relacionadas à saúde mental.

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