Em meio à paralisação, policiais civis fazem ato diante do IML; saiba como estão serviços

Desde 7h desta quinta-feira (11), o Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE) decretou paralisação de advertência da categoria. É a segunda em pouco mais de uma semana.

A decisão foi tomada após policiais serem recebidos no Palácio do Campo das Princesas, no Recife, na quarta-feira (10), e não terem uma decisão do impasse junto ao Governo Estadual, segundo a categoria.

Policiais civis organizaram um ato em frente ao Instituto de Medicina Legal (IML) de Santo Amaro, na área central do Recife. Com faixas, eles reivindicam melhores condições.

O serviço de atendimento ao público está normal, sendo feito 24 horas, porém, não está registrando boletins de ocorrência, devido a uma queda no sistema que se deu por volta das 4h50 da última quarta.

Quem precisar do serviço deve procurar a delegacia do Ipsep ou registrar o Boletim de Ocorrência na delegacia virtual.

Já o Instituto de Medicina Legal (IML), em Santo Amaro, na área central do Recife, está em operação padrão, ou seja, com serviços um pouco retardados.

O local está atendendo com emissão de laudos, liberação de corpos e exames. Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE), Áureo Cisneiros, a única prioridade é a realização de exames em casos de violência doméstica.

Cisneiros cobra da gestão estadual as pautas que a categoria tem apresentado à mesa. Ainda não há nova data de reunião com o Governo de Pernambuco.

“Ontem, nenhum secretário de primeiro escalão nos atendeu. Então, não dá para aceitar esse desrespeito. A gente quer superar as péssimas estruturas da Polícia Civil. A governadora anunciou investimento de R$ 1 bilhão, mas, até agora, nada foi feito”, explicou ele.

Mais paralisações: Em caso de resistência às propostas, uma nova paralisação pode acontecer, na próxima semana, só que de 48 horas, sendo nas próximas quarta (17) e quinta-feira (18).

Sobrecarga: Ainda segundo Cisneiros, a prioridade das delegacias é o registro de flagrantes delitos e de violência contra a mulher. Não é possível fazer investigações, diligências, ouvidas e registros de boletins de ocorrência. “Até agora, o Governo tem feito ‘ouvido de mercador’. Não é só sobre o reajuste salarial. É a falta de estrutura de trabalho e de efetivo. A categoria está sobrecarregada e adoecendo. Estamos com déficit de mais de 100 mil vagas na PCPE”, complementou.

O Sinpol-PE fez uma manifestação, em frente ao instituto. Os representantes ergueram um caixão com uma inscrição de ‘luto’ pelo programa ‘Juntos Pela Segurança’.

Carta de reivindicação da PCPE
– Promover real valorização salarial;
– Reestruturação e padronização das instalações das delegacias e institutos;
– Modernização funcional para que haja menos burocracia e mais efetividade nas investigações;
– Mais reconhecimento da base da Polícia, que produz tanto, com tão pouco e muitas vezes, inclusive, absorvendo funções que não lhes cabe;
– Priorização da qualidade das investigações em detrimento da burocracia e de seu mero planilhamento;
– Recomplementação de efetivo e política de concursos constantes para que não haja defasagem de quadro;
– Manter canal de diálogo direto com a representação sindical da categoria, sempre que necessário;
– Combater e extinguir o uso da corregedoria para perseguições políticas, já que se trata de um instrumento tão importante para a Polícia e o povo pernambucano;
– Política de incentivos fiscais aos profissionais de segurança;
– Imbuir esforços para efetivar um novo enquadramento amplo, geral e irrestrito, com intuito de recontar o tempo dos Policiais Civis para a justa alocação no Plano de Cargos;
– Reaparelhamento dos equipamentos, armas, viaturas, coletes e demais materiais fundamentais para o bom serviço investigativo.

Fonte: FolhaPE

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