Gleisi se afasta, e Humberto Costa assume presidência interina do PT

O senador Humberto Costa (PE) assumirá temporariamente a presidência do Partido dos Trabalhadores (PT) que ficará vaga com a saída de Gleisi Hoffmann.

O anúncio foi feito nesta sexta-feira (7) durante reunião da executiva nacional da sigla. Vice-presidente do partido, Costa ocupará a cadeira de Gleisi como presidente em exercício.

Presidente nacional do PT desde 2017, a deputada Gleisi Hoffmann deixará o cargo para chefiar a pasta responsável pela articulação política do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Aos dirigentes do partido, a futura ministra de Lula comunicou nesta sexta que vai se afastar do cargo. “Pelas regras internas do partido, filiados não podem ocupar simultaneamente cargos no governo federal e na direção da sigla.”

O estatuto da sigla prevê que Costa deverá convocar uma reunião interna do diretório nacional — instância superior à executiva — para confirmar o nome do substituto interino de Gleisi. Ele terá até 60 dias para chamar o encontro.

Depois da confirmação pelo diretório, a expectativa é que Humberto Costa cumpra uma mandato-tampão até a posse do novo presidente do PT.

A sigla terá eleições em julho para definir um novo comando pelos próximos quatro anos.

Um dos cinco vices da legenda, Humberto Costa foi indicado pelo campo majoritário do partido para ser o primeiro na hierarquia dos vice-presidentes.

A decisão, que dá a Costa o comando interino do PT, foi confirmada pelos outros dirigentes nesta sexta.

A presidenta Gleisi se afasta da presidência do PT. Pelo nosso regimento, nós devemos fazer, num espaço de até 60 dias, uma votação definitiva no diretório nacional. E vamos convocar essa reunião o mais breve possível. A extensão dessa minha interinidade vai até a data da realização do nosso Processo de Eleição Direta, que ocorre no mês de julho, quando imagino que estarei passando, para o presidente definitivo, a condução do PT“, afirmou o senador à imprensa.

O substituto de Gleisi tem 67 anos e cumpre o seu segundo mandato de senador. Entre 2023 e 2024, foi “braço direito” de Gleisi Hoffmann em decisões eleitorais do PT. Ele comandou o grupo de trabalho responsável por definir as táticas do partido no último pleito municipal.

O senador chega ao comando do partido com o apoio da corrente predominante dentro do partido, a Construindo Um Novo Brasil (CNB). Ele conquistou a indicação do grupo ao posto na noite de quinta (6), desbancando o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (CE).

A CNB vive um “racha” em torno da tentativa de construir uma candidatura única para a disputa de julho. Costa e Guimarães tentam se cacifar como candidatos em meio ao favoritismo do ex-prefeito de Araraquara (SP) Edinho Silva.

Para aliados de Humberto Costa, o mandato-tampão pode aumentar as chances de ele conquistar a indicação do campo majoritário. A CNB planeja dar início às tratativas sobre a escolha do candidato na próxima semana.

O novo presidente

Horas antes da reunião da executiva nacional, Gleisi Hoffmann se reuniu com José Guimarães, Humberto Costa e membros da CNB para definir o indicado do grupo a presidente-tampão.

Ao fim do encontro, prevaleceu o entendimento de que Costa seria o escolhido do grupo para a presidência-interina. Guimarães, por outro lado, recebeu sinalizações de que será mantido como líder do governo na Câmara.

O novo presidente do PT é senador, eleito por dois mandatos consecutivos por Pernambuco. Atualmente também é o segundo vice-presidente da Casa, na recém-eleita gestão de Davi Alcolumbre (União-AP).

Humberto Costa é formado em medicina, pela Universidade Federal de Pernambuco, e em jornalismo, pela Universidade Católica de Pernambuco.

Ele foi ministro da Saúde na primeira gestão de Lula e líder do PT no Senado. Na capital de Pernambuco, Costa foi secretário das Cidades de Pernambuco e da Saúde do Recife. Costa também teve mandatos como deputado federal, deputado estadual e vereador.

O senador é vice-presidente nacional do PT desde 2023, quando substituiu o ministro Márcio Macêdo (Secretaria-Geral) no posto. Em 2024, coordenou o grupo de trabalho de táticas eleitorais do partido.

Ao ser questionado pela imprensa, Humberto Costa não cravou que se candidatará à presidência definitiva do partido no pleito de julho.

O senador disse que terá como “missão” conduzir as eleições diretas da sigla.

“A minha ideia é aquela que nós conversamos aqui, que é de um mandato-tampão, ou de uma interinidade até a realização do PED. Até para que eu possa cumprir aquilo que vai ser a minha principal responsabilidade, que é de tentar fazer com que esse processo de eleição interna se de forma democrática, ele seja um grande processo de mobilização nacional da nossa militância, dos nossos filiados, para fortalecer já o partido para a disputa de 2026, e nós conseguimos ter um processo bastante participativo.”

Fonte: G1

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