O Corpo de Bombeiros da Bahia confirmou que ao menos uma pessoa morreu e outras seis ficaram feridas depois que parte do teto da Igreja de São Francisco de Assis desabou no Centro Histórico de Salvador.
O espaço onde os fiéis assistem à missa na “Igreja de ouro”, como é popularmente conhecida, foi coberto por destroços, inclusive da madeira que cobria o telhado. No momento do desabamento, havia poucas pessoas dentro do local.
O acidente aconteceu por volta das 14h30 e uma turista de 26 anos morreu no local após ser atingida pelos escombros. A turista é Giulia Panchoni Righetto, paulista de Ribeirão Preto.
Os feridos foram socorridos e encaminhados para um hospital local. Segundo as autoridades, todos sofreram apenas ferimentos leves e não correm risco de morte, segundo a Polícia Civil, em nota.
“Guias foram expedidas para o trabalho do Departamento de Polícia Técnica (DPT) e os laudos periciais serão essenciais para esclarecer as causas do acidente“. A área foi isolada pela Polícia Civil.
“Todo o espaço central da igreja cedeu. Possivelmente, alguma parte dessa cobertura se rompeu e, com o peso desse espaço superior do teto, a madeira veio abaixo, com sobrepeso“, afirmou, ao G1 Bahia, Sósthenes Macedo, coordenador da Defesa Civil de Salvador.
A igreja São Francisco de Assis foi construída no início do século 18 no centro histórico de Salvador. Seu interior é revestido de ouro e ela é considerada uma das Sete Maravilhas de Origem Portuguesa no mundo.
O prédio é um dos mais expressivos monumentos do barroco nacional e é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
A igreja possui uma arquitetura singular. A fachada apresenta esculturas e relevos de frutos e folhagens, formando guirlandas. O seu interior tem uma série de azulejos portugueses que retratam Lisboa antes do terremoto de 1755. No anexo, há um pequeno museu com exposição de peças sacras.
O imóvel integra o perímetro do centro histórico de Salvador considerado como patrimônio mundial (popularmente chamado de “patrimônio da humanidade”) pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Outra construção desse perímetro ruiu no ano passado. O antigo casarão do centenário restaurante Colon, conhecido pelo filé mal assado, elogiado até mesmo em livro de Jorge Amado. O prédio desabou após mais de três anos interditado. A construção era estimada no século 19.