O relacionamento entre PT e PSB em Pernambuco sempre foi estremecido e em determinados momentos agressivos, basta lembrar quando em 2006 Eduardo Campos entrou na disputa e impediu Humberto Costa de sonhar com o Palácio do Campo das Princesas. Lula entra em ação e acende o cachimbo da paz entre Eduardo e Humberto, as duas legendas voltam a caminhar juntas em disputas eleitorais.
A união durou apenas 6 anos, em 2012 Eduardo outra vez dar uma rasteira em Humberto. Em 2012 Humberto Costa queria ser eleito prefeito do Recife, Eduardo Campos com toda credibilidade perante o eleitorado da capital, impediu. Naquela eleição o desconhecido apresentado por Campos vence a disputa contra Costa, Geraldo Júlio foi eleito prefeito do Recife e quatro anos depois foi reeleito.
O golpe maior do PSB dos Campos contra o PT de Humberto Costa veio em 2016, quando o partido se juntou a outras legendas e derrubaram a presidente Dilma Rousseff. Antes em 2014, o PSB já sem Eduardo Campos, esteve no segundo turno das eleições presidenciais com Aécio Neves (PSDB), com o propósito de impedir a reeleição de Dilma. A jogada do PSB não deu certo, Dilma foi reeleita no segundo turno.
As duas legendas voltam a se entender em torno da candidatura de Fernando Haddad para presidente em 2018, não deu certo no plano nacional, já em Pernambuco foi tudo dentro do planejado com Paulo Câmara (PSB) e Humberto Costa (PT), sendo reeleitos governador e senador, respectivamente. Chega 2024 e o PT de Costa implorou a vice de Campos na prefeitura do Recife, tudo em vão, o PSB disse não ao PT.
Há um ditado popular que diz: “Gato escaldado, corre com medo de água fria“. Assim está o PT de Pernambuco com o PSB, levando em consideração que em 2026 tem eleições e o mandato de Humberto está em jogo. Ele vai ter que avaliar os pós e os contras, qual a melhor decisão para tentar salvar seu mandato. Se segue a ala que quer aliança com Raquel, ou vai ficar com os que apostam no João do PSB. A palavra final é de Humberto.