Não se pode negar que o pleito eleitoral para 2026 já está a porta. É evidente que a disputa entre a atual governadora Raquel Lyra (PSDB) candidata à reeleição é um fato, tendo do outro lado como opositor o prefeito do Recife João Campos (PSB).
O prefeito vem embalado por números satisfatórios da sua gestão e politicamente também de acordo pesquisas recentes. Já a governadora apesar de certa forma mostrar entregas em algumas áreas, politicamente não sai do lugar na aceitação popular. O porque disso? Falta a população em todo Estado perceber a presença do governo, existem falhas na comunicação, além do mais, não existe uma estratégia para marcar a presença do governo nas regiões.
O desconhecimento da sua equipe de secretários e diretores é evidente, muitos políticos no Estado, prefeitos, vereadores, deputados, lideranças políticas e outros líderes da sociedade se quer tem acesso a estrutura do governo. A maioria da equipe fica encasteladas nos gabinetes, timidamente aqui e acolá um sai para as ruas, para o meio do povo.
A governadora como diz aqui no interior tem que botar os pés pra frente, mudar de estratégia, fazer com que o seu governo seja percebido pela população em todas as regiões do Estado. Se não mudar a vaca vai pro brejo. Falta articulação política, falta articulações com a sociedade. A atual vice governadora Priscila Krause na minha percepção não tem somado politicamente, serve apenas para apoia-la moralmente, não tem desempenhado um papel político relevante no governo, não se tem conhecimento de uma ação política da mesma, uma articulação em prol da gestão.
Dois anos se passaram da gestão, está na hora da governadora virar a chave. Podemos acreditar que este período foi para arrumar a casa, criar projetos e correr atrás de recursos. Mas algo podia ter sido feito politicamente, criar a marca da gestão no meio da sociedade coisa que não foi feita.
O governo tem que criar uma agenda, uma pauta e abrir a participação da população. Na gestão do então governador Eduardo Campos seguido pelo governador Paulo Câmara mesmo capenga mais existia um canal de diálogo com a sociedade, tinha o “Todos Por Pernambuco” nos governos do PSB a SEPLAN tinha outra função. Porque não usar a mesma estratégia?
(Artigo: Daniel Torres Araripe – ex-vereador; comentarista político, e Presidente da ADESA – Agência de Desenvolvimento Econômico e Social do Araripe)