A adoção de imposto seletivo sobre bebidas açucaradas é vista com desconfiança pelos nordestinos. Pesquisa do PoderData revela que 72% dos habitantes da região consideram esse recurso ineficaz na redução dos índices de obesidade. É o maior índice de reprovação regional, à frente do Norte e Centro-Oeste (67%), Sudeste (56%) e Sul (52%).
Com relação à adoção do imposto dentro da reforma tributária, 63% afirmam discordar da medida. Outro indicador que chama a atenção é que 95% dos entrevistados do Nordeste acham que já pagam mais impostos do que deveriam.
Victor Bicca, presidente da ABIR (Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas não Alcoólicas), reforça que, de acordo com estatísticas do Ministério da Saúde, a frequência do consumo de bebidas açucaradas registrou uma queda de 51,8%, enquanto a taxa de obesidade teve um aumento significativo de mais de 105% nos últimos 17 anos.
Já a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), do IBGE, indicou ainda que somente 1,7% das calorias consumidas pelos brasileiros tem como fonte as bebidas açucaradas.
A pesquisa do PoderData foi realizada em maio e ouviu 2.500 pessoas de 187 cidades das 27 unidades da Federação.