É na quadra da Escola Nelson Chaves, no bairro de Tabatinga, em Camaragibe, que o projeto social “Artes que Mudam” vem desenhando novos caminhos de crianças e jovens da comunidade. Desde sua criação, há um ano, o programa utiliza o taekwondo como ferramenta para promover disciplina, autoconfiança e resiliência, enfrentando as dificuldades impostas pela violência e vulnerabilidade social.
Criado como uma das extensões dos projetos da Patrulha Escolar da Polícia Militar de Pernambuco, o Artes que Mudam começou suas atividades em Camaragibe, na Escola Torquato de Castro, com uma turma inicial de 110 alunos sob a supervisão do sargento PM De Lima, da Diretoria de Articulação Social e Direitos Humanos (DASDH) e um dos professores de taekwondo. “Nosso objetivo, desde o início, é aproximar a Polícia Militar da comunidade escolar. Agregando um esporte que traz o respeito e demais valores não só na quadra, mas na escola e dentro de casa”, pontua o sargento.
O projeto ganhou ainda mais relevância ao expandir-se para o Nelson Chaves. Lá, ao todo 35 jovens, entre meninos e meninas de 10 e 18 anos, foram acolhidos, formando uma nova turma que inclui praticantes das faixas branca, amarela e laranja. A iniciativa busca não apenas ensinar uma arte marcial, mas também oferecer uma nova alternativa a esses jovens, trocando os quadros de ansiedade para sonhos, como foi com Wesley Guimarães. “Depois do taekwondo eu me sinto mais forte, mais rápido e motivado. Hoje, eu me vejo no futuro como um campeão brasileiro, que é o meu sonho”, declara o jovem.
As aulas, realizadas nas quadras das escolas dentro das próprias comunidades, oferecem mais do que treinamento físico. Elas se tornaram um espaço de acolhimento, onde os alunos encontram incentivo para superar desafios, além de aprenderem valores como respeito, disciplina e resiliência.
Além disso, uma nova turma foi criada, também, na Escola Manoel Marques, localizada no bairro da Bomba do Hemetério, no Recife, sob a coordenação do Cabo PM Pedro, do 12º BPM. Os 30 alunos iniciantes da unidade somam forças ao compromisso do projeto em transformar vidas por meio das artes marciais.
“Mais do que um projeto esportivo, o ‘Artes que Mudam’ simboliza um ponto de esperança em meio ao cotidiano desafiador desses jovens. Ao abrir portas para o desenvolvimento pessoal e social, reforçamos a ideia de que, mesmo em contextos de adversidade, é possível transformar realidades, construir um futuro, provando que as artes têm, de fato, o poder de mudar vidas”, finaliza De Lima.