Blog do Didi Galvão
A politica pelo Nordeste brasileiro tem como base as famílias tradicionais, em Pernambuco não é de diferente. No interior do Estado ainda predomina a influência das famílias em eleições, a exemplo dos Coelho no maior colégio eleitoral do sertão que é Petrolina. Por essa cidade quem chegou a ser prefeito sem ter Coelho no sobrenome, pode ter certeza que foi com a ajuda dessas lideranças da politica do centenário município ribeirinho.
A 200 Km de Petrolina tem Cabrobó, terra da cebola e da transposição também foi assim. Por lá a família que dominou a politica por muitos anos foi os Caldas, com pai e filhos sendo prefeito por 30 anos. No entanto, como diz um trecho da Bíblia Sagrada, no Livro de Eclesiastes, Capitulo 3, “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.” Nas últimas duas eleições a família Caldas não conseguiu eleger nem um vereador em Cabrobó.
A candidatura mais recente e que muitos acreditavam ser de potencial para garantir uma vaga e representatividade da família Caldas na câmara de vereadores foi da filha de Edgar Caldas, Waleska Caldas foi candidata pelo União Brasil e obteve apenas 238 votos o que representa 1,16% do total de votos válidos apurados para vereador. A votação foi bem abaixo do esperado, agora a família vai ficar mais 4 anos sem mandato.
Tanto a segunda quanto a terceira geração da família Caldas, não há mais nomes com potencial para uma eventual disputa na politica cabroboense. Resta saber como anda o apetite dos integrantes da quarta geração da família Caldas e se tem habilidade politica, que possa entrar em futuras disputas com o proposito de salvar a história politica da família iniciada nos anos de 1950 pelo ex-prefeito Zé Caldas e que contou na sequência com Edgar e Eudes.
