O Processo de Registro de Marcas e Patentes no Brasil

Quando o assunto é abrir uma empresa, é normal que diversas dúvidas surjam à medida que o processo avança. Não basta só contratar um escritório de contabilidade, é necessário registrar a marca, patenteá-la e manter a gestão financeira do negócio em dia.

Se você, assim como milhares de microempreendedores, sente dúvidas na hora de seguir o processo de registro de marca e patente, vamos mostrar como tudo funciona e listar o passo a passo que deve ser seguido. Confira!

Como funciona o processo de registro de marcas?

Uma marca é um sinal distintivo usado para identificar produtos ou serviços. O registro de uma marca garante ao titular o direito de uso exclusivo em todo o território nacional. Mas como todo o processo de registro deve ser feito? Confira a seguir!

Pesquisa

Antes de iniciar o processo de registro, é recomendável realizar uma pesquisa no banco de dados do INPI para verificar se a marca já está registrada ou se há marcas semelhantes que possam causar confusão.

Pedido de registro

O pedido de registro de marca deve ser feito no site do INPI, preenchendo um formulário específico com as informações da marca, como nome, logo (se houver), e a classificação dos produtos ou serviços (de acordo com a Classificação Internacional de Nice).

Exames formais

O INPI realiza um exame formal para verificar se todos os requisitos foram atendidos, como o pagamento da taxa de depósito e o preenchimento correto do formulário.

Publicação

Se o pedido cumprir os requisitos formais, ele será publicado na Revista da Propriedade Industrial. Após a publicação, abre-se um prazo de 60 dias para que terceiros possam apresentar oposições ao registro.

Exame substantivo

Caso não haja oposição ou se a oposição for indeferida, o INPI realiza um exame substantivo para verificar se a marca atende aos requisitos legais (por exemplo, se não é genérica ou descritiva demais).

Concessão de registro

Se o pedido for aprovado, a marca será registrada e o certificado de registro será emitido. O registro tem validade inicial de 10 anos, e pode ser renovado por períodos iguais quando o prazo expirar.

Como funciona o processo de patente?

Ter patente de um produto significa, de forma geral, ter o direito de impedir terceiros de produzir, vender, importar ou usar seu serviço sem o seu consentimento.

O titular dessa patente poderá conceder o uso a terceiros, mesmo se optar por não receber remunerações por isso.

Existem dois tipos de patentes:

Patente de invenção: destinada a novas tecnologias, seja um produto ou um processo, que apresentem uma solução inovadora para um problema técnico específico;

Patente de modelo de utilidade:  concedida para inovações que melhorem ou modifiquem objetos de uso prático, como ferramentas, utensílios e dispositivos, conferindo uma nova forma ou disposição que resulte em uma melhoria funcional em seu uso ou fabricação.

Confira o processo:

Pedido

Assim como acontece com a marca, é preciso enviar o pedido ao INPI. O pedido é composto por um relatório que o descreva, quadro reivindicatório, resumo, desenhos (se for o caso) e listagem de sequências.

Vai um adendo: se você é um profissional autônomo que criou um serviço inovador e quer patenteá-lo, busque por um escritório de contabilidade para profissionais liberais. Somente assim, você terá ao seu lado profissionais úteis que vão te ajudar durante todo o processo de registro.  

Pague a GRU

Uma vez enviado o pedido ao INPI, você deve pagar a Guia de Recolhimento da União (GRU). Faça o cadastro no site oficial, emita a guia e preencha o formulário disponibilizado no sistema e-Patentes.

Pessoas físicas, microempresas, empresas de pequeno porte, cooperativas, instituição de ensino e pesquisa e entidades sem fins lucrativos têm descontos nos custos de serviços.

Acompanhe

O pedido passará por diversas etapas, incluindo:

Depósito do Pedido de Patente: o pedido deve ser preparado com uma descrição detalhada da invenção, incluindo o campo técnico, antecedentes da técnica, descrição da invenção, figuras (se aplicável), reivindicações (que definem o escopo da proteção desejada) e resumo;

Exame formal: o INPI realiza um exame formal preliminar para verificar se o pedido atende aos requisitos mínimos exigidos, como a clareza na descrição, a apresentação correta dos documentos e o pagamento das taxas iniciais;

Publicação do pedido: o pedido de patente é publicado na RPI após 18 meses da data de depósito, tornando o conteúdo acessível ao público. Isso permite que terceiros tomem conhecimento do pedido e possam apresentar subsídios ao exame, se desejarem.

Exame técnico: durante o exame técnico, o INPI realiza uma análise rigorosa para verificar se a invenção atende a todos os requisitos de patenteabilidade. Isso inclui uma pesquisa sobre o estado da técnica e uma comparação com a invenção para avaliar sua novidade e atividade inventiva;
Decisão: se o INPI considerar que a invenção atende aos requisitos de patenteabilidade, ele concede a patente, emitindo um certificado de patente. A partir desse momento, o titular tem o direito exclusivo de explorar a invenção no Brasil.

Se você tiver dúvida ao longo do caminho, especialmente se os pedidos forem indeferidos, considere entrar em contato com uma empresa de contabilidade online e tirar todas as dúvidas.

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