Aumenta a Repressão na Nicarágua: Padres e Diáconos Sequestrados pela Polícia
Entre quinta (1º) e sexta-feira (2), pelo menos 11 padres e diáconos foram sequestrados pela polícia da Nicarágua na capital do país, Manágua, e na cidade de Juigalpa. Segundo meios de comunicação como Infobae e 100% Notícias, as autoridades locais estão cada vez mais agressivas.
A advogada e defensora dos direitos humanos Martha Molina classificou essa nova ação do regime do ditador Daniel Ortega como a “pior fase da repressão desde abril de 2018”. Pois, naquele período, houve uma série de protestos no país da América Central, aumentando a tensão.
O pároco exilado Edwing Román acusou Ortega e a vice Rosario Murillo de aproveitarem a atenção mundial voltada para os protestos na Venezuela. Dessa forma, eles puderam prender sacerdotes e continuar a perseguição contra a Igreja Católica. Ambos se manifestaram em suas contas no X (antigo Twitter), enquanto a organização Universitários Católicos publicou fotos e nomes dos religiosos presos nas últimas 48 horas.
Além disso, o governo local vem mirando meios de comunicação católicos. Por exemplo, no início de julho, o Ministério do Interior determinou o fechamento da Associação Rádio Maria, que tinha 40 anos, e de outras 12 organizações sem fins lucrativos no país.
Criado pela ONU, o Grupo de Peritos em Direitos Humanos na Nicarágua divulgou um relatório na última semana. Pois, de acordo com o grupo, padres presos na Nicarágua nos últimos anos sofreram tortura e outras violações. Eles também foram obrigados a ficar nus, entre outras humilhações.
O regime submeteu presos políticos a torturas físicas e psicológicas, pois incluíram espancamentos, choques elétricos e abuso sexual.
Forças de segurança e grupos paramilitares leais a Ortega mataram manifestantes e opositores políticos sem julgamento, portanto, violando direitos básicos.
O governo prendeu arbitrariamente milhares de pessoas, pois muitas vezes sem mandado, em retaliação por protestos contra o regime.
O regime desapareceu forçadamente opositores políticos e manifestantes. Em suma, muitos ainda estão sem paradeiro conhecido.
Jornalistas foram presos, agredidos e até mortos. Além disso, meios de comunicação independentes foram fechados ou censurados.
O governo reprimiu severamente a liberdade de expressão. Pois críticos do regime enfrentaram perseguição e intimidação constantes.
Líderes religiosos, especialmente da Igreja Católica, enfrentaram perseguição. Portanto, muitos foram presos ou exilados por criticarem o regime.
A polícia e forças paramilitares usaram força excessiva e letal contra manifestantes pacíficos. Assim, resultando em muitas mortes e feridos.
Defensores de direitos humanos foram alvos de assédio, intimidação, prisão e violência. Dessa forma, o regime busca silenciar vozes críticas.
O governo revogou a nacionalidade de críticos e opositores políticos, forçando-os ao exílio. Em suma, esta é uma tática de intimidação e controle.