Arquivos mostram que Bin Laden não queria um Estado Islâmico

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O Governo dos Estados Unidos divulgou nesta quarta-feira (20) mais de 100 documentos encontrados na casa em que o terrorista Osama bin Laden estava escondido no Paquistão durante o ataque norte-americano que tirou a sua vida, em 2011.

Chamados de “A Estante de Bin Laden”, os arquivos incluem correspondências em árabe, livros em inglês de Bob Woodward e Noam Chomsky e obras sobre economia e teoria militar. Entre outras coisas, os documentos mostram que o fundador da Al Qaeda era contrário a um “Estado Islâmico” e a lutas internas entre os muçulmanos.

“Vocês devem parar de insistir na formação de um Estado Islâmico. Ataquem as Embaixadas dos Estados Unidos em Togo, em Serra Leoa. E ataquem os lugares onde operam companhias petrolíferas norte-americanas. Evitem objetivos como militares e forças policiais locais”, diz uma carta enviada a jihadistas do Iêmen e do norte da África.

As correspondências mostram um homem que continuava planejando ações sangrentas, mas também era capaz de dirigir palavras de amor à sua “fiel e querida” esposa Khairiah Saber, a quem chamava de “luz dos meus olhos” e “bem mais precioso que eu tenho no mundo”.

Os arquivos também incluem formulários para recrutamento de milicianos com perguntas como “Qual é seu hobby?”, “Estaria disposto a ser um suicida?” e “A quem devemos contatar se você quiser se converter em mártir?”.

Além de documentos que revelam o pensamento de Bin Laden, os militares norte-americanos ainda encontraram em seu esconderijo uma vasta coleção de material pornográfico, que, como era de se esperar, não será divulgado.

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